Uma pesquisa sobre saúde mental no meio musical trouxe resultados preocupantes.

Uma plataforma de distribuição digital sueca chamada Record Union fez um estudo com 1,500 músicos neste ano, com questões envolvendo o assunto. O resultado indicou que 73% dos participantes sofrem de alguma doença mental, especialmente com idades entre 18 e 25 anos.

As doenças mais citadas são depressão e ansiedade, além de ataques de pânico. O CEO da empresa, Johan Svanberg, falou sobre o estudo :

"O nosso estudo está a mostrar-nos qua algo precisa de mudar. É hora de que colocar o estado mental dos nossos artistas na agenda, antes dos "streams" e do sucesso comercial. Nós, enquanto indústria, devemos acordar e questionar-nos: qual é a nossa responsabilidade nisso e o que podemos fazer para criar um clima mais saudável na música?".

Ainda na pesquisa, menos de 40% afirmaram terem buscado por ajuda profissional, enquanto mais de 50% revelou se auto medicar com remédios, álcool e drogas. Apenas 19% das pessoas disseram ter apoio dentro da indústria musical.

O assunto tem sido destaque na mídia após as mortes de nomes como Chris Cornell, Chester Benington, Avicii, Keith Flint, entre outras, todas por meio do suicídio.

O cantor James Blake já chegou a falar não só sobre a sua batalha contra a depressão, mas também como o mercado pode induzir o artista a se sobrecarregar e sofrer de doenças mentais. Blake cita as extensas turnês que um músico iniciante precisa de fazer para se sustentar, já que a venda de música em si não paga muito bem.