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Como tornar-se um doente mental

No âmbito da disciplina de psicologia, realizámos este trabalho, baseado no livro "Como Tornar-se um Doente Mental", de José Luís Pio Abreu. A nossa pesquisa foi centrada no transtorno bipolar e na cantora Selena Gomez. A artista sofre desta doença à 6 anos. Vamos descobrir juntos um pouco mais sobre esta patologia nesta área do museu.

Transtorno bipolar:

Patologia psiquiátrica crónica que se caracteriza por variações acentuadas do humor. Manifesta-se por períodos de elevação do humor e aumento da energia e da atividade (mania ou hipomania) alternando com fases de depressão e diminuição da energia e da atividade.

Estes episódios podem ser graves, moderados ou leves e apresentam um impacto importante nas sensações, emoções, ideias e comportamento da pessoa afetada, com perda significativa de qualidade de vida e de autonomia. As flutuações de humor, de energia e de níveis de atividade interferem com todas as tarefas quotidianas.

Prejudicam o relacionamento, o desempenho escolar e no trabalho e podem conduzir ao suicídio. Apesar de tudo, pode ser tratada e é compatível com uma vida longa e produtiva.

Metade dos casos manifesta-se pela primeira vez antes dos 25 anos de idade. Contudo, pode começar mais cedo ou em fases mais tardias da vida.

Do ponto de vista diagnóstico, a PB subdivide-se em Tipo I (PB I) e II (PB II), sendo o primeiro caracterizado pela ocorrência de pelo menos um episódio maníaco ou misto e o segundo pela ocorrência de pelo menos um episódio hipomaníaco (sem episódios maníacos ou mistos).

Sintomas:

Os períodos de mania caracterizam-se por humor eufórico ou irritável, aumento da autoestima, diminuição da necessidade de dormir, aceleração do pensamento e/ou do discurso, intensificação da energia e maior envolvimento em atividades aprazíveis (gastos excessivos, desinibição sexual…), que são suficientemente graves para provocar uma degradação social e no trabalho. Em alguns casos podem ocorrer sintomas psicóticos, como alucinações ou ideias delirantes.

A hipomania exibe critérios similares, mas em menor número, intensidade e, por vezes, de menor duração, não existindo indícios psicóticos nem deterioração social e laboral.

Os episódios mistos exigem a existência de sintomas depressivos e maníacos simultaneamente.

 

Causas:

A causa da doença bipolar ainda não está plenamente estudada. Parecem existir fatores biológicos e psicossociais. Entre os primeiros, destacam-se os genéticos (maior risco de doença em pacientes que tenham familiares de primeiro grau com PB), neuroquímicos (dopamina, noradrenalina, serotonina, GABA, glutamato, acetilcolina), hormonais (alterações nos eixos hipotálamo – hipófise – suprarenal e hipotálamo – hipófise – tiroide) e neuroanatómicos (alterações estruturais e funcionais inespecíficas nos cérebros destes doentes). Fatores psicossociais como acontecimentos de vida geradores de stress também parecem influenciar o aparecimento da PB e futuras recaídas.

 

 

Tratamento:

A PB deve tratar-se a longo prazo. Existem duas fases no tratamento: a fase aguda (maníaca, hipomaníaca, depressiva, mista) e a fase de manutenção. A terapêutica é fundamentalmente farmacológica. Os medicamentos estabilizadores do humor conseguem, de facto, controlar a doença, diminuindo a probabilidade de recaídas, tanto das crises de depressão como de mania. Podem ainda ser utilizados antidepressivos ou antipsicóticos, devendo a seleção do tratamento ser sempre feita pelo médico. Pode também associar-se psicoeducação e terapia cognitivo-comportamental, além de apoio psicológico individual e familiar. As crises mais graves tendem a implicar internamento hospitalar.

 

Fonte: https://www.cuf.pt/saude-a-z/doenca-bipolar

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